Produção de embalagem – impressão offset

Produção de embalagem – impressão offset

A impressão Offset é uma das formas mais comuns de impressão de embalagens

Como qualquer processo industrial pode causar graves problemas ambientais se não for bem administrado, gera um grande volume de resíduos e consome bastante energia.

 

O que é a impressão offset?
É um sistema de impressão indireto, onde a fôrma é uma chapa metálica gravada com uma imagem. Depois de entintada, essa imagem é transferida para um cilindro intermediário, conhecido como blanqueta e, através desta é transferida para o substrato.

Pré impressão
Na etapa de pré-impressão do sistema de impressão por offset são utilizados métodos fotomecânicos para passar a imagem do original para a forma, o que gera efluentes líquidos provenientes do processo de revelação, que podem conter ácidos, álcalis, solventes, metais de recobrimento e reveladores. Nas demais etapas do processo são gerado resíduos, como embalagens de tintas e solventes, panos e estopas sujos com solvente ou óleo, borras de tinta e emissões da evaporação de solventes e vernizes, chamados Compostos Orgânicos Voláteis (COV), ou em inglês Volatile Organic Compounds (VOC).

Impressão
A impressão offset pode ser plana ou rotativa, dependendo do substrato a ser impresso tratar-se de folhas ou bobinas. Métodos fotomecânicos são geralmente utilizados para transferir a imagem do original para a fôrma, o que gera efluentes líquidos que podem conter compostos como sulfatos e prata. Os resíduos gerados nas diversas etapas do processo incluem embalagens de tintas e solventes, panos ou estopas sujos com solvente e restos de tinta, aparas de papel, chapas metálicas obsoletas ou danificadas, solvente sujo, entre outros.
Matérias primas

O consumo de matérias-primas gera impactos ambientais não somente devido ao aspecto de utilização de recursos naturais que representa, mas também por causa dos impactos indiretos associados às atividades de produção e transporte destas matérias-primas até a gráfica. São considerados como matérias-primas os materiais que entram no processo e que, direta ou indiretamente, levando ao produto final. Na indústria gráfica, as principais matérias-primas são:

– As fôrmas de impressão;
– Os substratos de impressão;
– Os insumos químicos de impressão;
– Outras matérias diversas necessárias ao processo.

 

Formas
As formas, também conhecidas como portadores de imagem, podem variar com o tipo de impressora. As formas dos sistemas de impressão offset são os clichês de chapas metálicas. Os impactos ambientais associados a cada tipo de forma dependem de seus respectivos ciclos de vida, desde a extração da matéria-prima para sua fabricação até o descarte. Apesar da realização recente de alguns estudos a respeito, ainda não existem dados consolidados sobre os impactos do uso de chapas ao longo de todo o ciclo de vida. Para a indústria gráfica, as principais formas de reduzir os impactos associados ao uso de fôrmas dizem respeito à destinação das formas usadas, que deve sempre privilegiar a reutilização interna e a reciclagem.
Insumos químicos
Os principais insumos químicos de impressão são tintas, vernizes, adesivos e solventes. Os solventes são adicionados para alterar a viscosidade ou a volatilidade dos demais insumos.
As tintas utilizadas no processo gráfico são basicamente constituídas de resinas, pigmentos (corantes), veículo (verniz), solventes e produtos auxiliares (como ceras e secantes). Para o sistema de impressão offset, em média, as tintas são compostas por:
Resinas: ésteres (de colofônia, maleicos ou alquídicos);

Óleos: vegetais à base de hidrocarbonetos alifáticos e minerais refinados;
Pigmentos: orgânicos (amarelo e laranja benzidina, azul ftalocianina, vermelho rubi) e inorgânicos (negro de fumo, dióxido de titânio, sulfato de bário, cromato e molibdato de chumbo);
Secantes: naftenatos e octoanatos de zircônio, manganês e cobalto;
Ceras: à base de polietileno.

Para as tintas à base de água, são compostas por:
Resinas: colofônia saponificada, resinas acrílicas e fumáricas;
Pigmentos: orgânicos (amarelo e laranja benzidina, azul ftalocianina, vermelho naftol) e inorgânicos (negro de fumo, dióxido de titânio, sulfato de bário, cromato e molibdato de chumbo) e corantes básicos (rodamina, azul vitória, violeta metil e verde cristal);
Solventes: glicóis, solução de amônia e água;
Ceras: à base de polietileno

 

Já as tintas UV são compostas por:
Oligômeros: epóxi, poliéster e monômeros (solvente reativo);
Pigmentos: orgânicos e inorgânicos

O uso de tintas, vernizes ou adesivos à base de água pode trazer benefícios ambientais em relação aos insumos à base de solventes orgânicos. Os produtos à base de água eliminam a necessidade do emprego de solventes para diluição e limpeza dos equipamentos, bem como a geração de solventes residuais e de resíduos com restos de solventes, além de eliminar as emissões atmosféricas de Compostos Orgânicos Voláteis. No entanto, as vantagens comparativas devem ser avaliadas caso a caso, o emprego de insumos à base de água pode requerer, por exemplo, sistemas de tratamento de efluentes líquidos. A redução do consumo de tintas pode começar com o designer, minimizando a cobertura de cores na embalagem e reduzindo o número de cores.

A tinta existente hoje para substituir a de óleos minerais é a tinta a base de óleos vegetais como o milho ou coco. Esse tipo de tinta atinge tanto as características técnicas necessárias para a impressão quanto as características de preservação do meio ambiente. Essa troca de tinta a base de óleo mineral pela tinta com base de óleo vegetal, pode reduzir o impacto de resíduos tóxicos, tanto sólidos como a emissão de gases que de 30% passa de 2 a 4%.
Além dos substratos de impressão e dos insumos químicos, o processo gráfico utiliza outros materiais, como:

– Filmes, reveladores e fixadores para o processamento das imagens;
– Solventes para a limpeza dos equipamentos;
– Outros materiais diversos como, por exemplo, fita dupla face para colar a chapa flexográfica no cilindro porta-clichê.

Cada um destes materiais tem impactos associados à sua fabricação. Cabe à gráfica aperfeiçoar seu consumo e valorizar a destinação dos seus resíduos, tanto em termos ambientais como econômicos.
Certificações

A constante preocupação das gráficas com o meio ambiente e a grande quantidade de impressos industrializados, faz com que essas operações evoluam para uma tecnologia cada vez mais correta. Para conseguir uma boa imagem no mercado, as gráficas estão adequando os seus processos, afim de que eles se enquadrem em políticas ambientais corretas e com isso sejam concedidas as certificações de preservação ambiental, comprovando a existência da preocupação e responsabilidade com o meio ambiente. As principais certificações são:

FSC Brasil – Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.
Organização não governamental, independente e sem fins lucrativos, cuja missão é difundir e facilitar o bom manejo das florestas conforme princípios e critérios que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica.

RoHS – Restriction of Certain Hazardous Substances
(Restrição de certas substâncias perigosas)

RoHS são diretivas européias que estabelecem procedimentos para que tanto as matérias-primas utilizadas no processo produtivo quanto os produtos finais estejam isentas ou em percentuais toleráveis de substâncias tóxicas como o cádmio, mercúrio e chumbo.
ISO 14001 – Internacional Organization of Standardization
(Organização Internacional de Padronização)

Sistema de gerenciamento ambiental que inclui a estrutura organizacional, o planejamento de atividades, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para o desenvolvimento, implementação, alcance, revisão e manutenção da política ambiental
A principal maneira que a indústria gráfica tem para reduzir os impactos associados à utilização de um substrato para impressão é a de reduzir suas perdas no processo. Outra maneira de redução é o usuário procurar se informar a respeito da origem das matérias-primas que garantem que os produtos provêm de bom manejo florestal e seguem critérios socioambientais de produção.

Fonte do artigo:
www.embalagemsustentável.com.br

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