Um dos papeis mais usados no ramo gráfico é o papel couche. Mas muitos clientes perguntam como é esse papel e não entendem por que ele é tão usado. Entenda agora como é feito o papel couche!
Papeis com cobertura e sem cobertura
Antes de começar, devemos entender o que diferencia um papel couche dos papeis comuns (sulfite). A diferença básica é que o couchê recebe produtos como carbonato de cálcio, caulin, látex e outras coisinhas mais, que protegem as fibras do papel e o deixam mais liso. Com isso, a impressão fica mais superficial, deixando uma camada de tinta mais brilhante, pois há pouca absorção pelo papel. E é por isso que este papel é tão usado… ele deixa os impressos mais brilhantes, mais vistosos.
Se você usar o mesmo equipamento e imprimir algumas folhas em papel couche e outras em papel sulfite, de mesma gramatura, perceberá que a impressão no couche é mais viva. Aí como consumidor, você prefere a impressão no papel couche ou no sulfite? Acertou… a preferência é pelo papel couche!
Papel Couche L1 ou L2? Qual a diferença?
Taí… essa eu aprendi agora, embora já tivesse ouvido os termos. Eu sempre comprava o L2 e nem sabia por quê!
O papel couche L1 só leva cobertura numa das faces. Ele é muito usado em embalagens. Do lado da cobertura fazemos a impressão.No lado poroso aplicamos a cola para acoplar ao papel ondulado.Bacana, né? O papel couche L2 leva cobertura em ambas as faces. Ele é muito usado em panfletos, folders, livros e revistas. Daí ser o único que eu conhecia. Eu não trabalhava com embalagens! Eu aprendi agora… e você tem a informação fresquinha na cabeça.
Melhor, mas nem sempre!
Já falei que o papel couche leva uma cobertura que deixa a tinta mais superficial e consequentemente mais brilhante. Mas aquele cara que comprou correndo o papel couche para rodar na sua jato de tinta se decepcionou! Borrou tudo! Acontece que algumas tintas secam mais rapidamente que outras. As tintas a base de óleo secam rápido e podem ser aplicadas sem problemas ao papel couche. É o caso de todas as offset, algumas plotadoras e quase nenhuma jato de tinta. O toner também pode dar problema ao ser aplicado no papel couche. Então, antes de sair comprando resmas e resmas de papel couche, é bom testar o equipamento que vai fazer a impressão.
Couche brilho ou fosco?
Aqui vai outro termo que encontramos no mercado. Lembra que eu falei que o papel couche pode borrar a impressão (ou soltar no caso da laser)? Isto só vale para o couche brilho!
Sabendo desta limitação de impressão, os fabricantes de papel mudaram os materiais usados para “selar” a superfície, trocando por outros que deixam a superfície lisa, mas permitem um pouco de absorção. Com isso, consegue-se que uma maior gama de impressoras e tintas consigam imprimir sobre este papel. Sabendo disso, teste na sua impressora tanto o couche brilho como o papel couche fosco. Você pode se surpreender com os resultados.
Por que o nome couche?
Couche significa camada em francês! E tem tudo a ver… é um papel que tem uma camada impermeabilizante. A tinta fica do lado de fora e seca por lá (ou escorre se não for apropriada).
O couche é mais caro?
Sim! O couche custa mais do que o papel sulfite! E Isto é fácil de entender! Fazemos o papel sulfite, para então depois aplicar o revestimento (cobertura). Por isso sai mais caro… o processo é mais demorado e os insumos acabam saindo mais caro. Mas você percebeu que este papel é bem popular aqui no Brasil?
Sabe por que?
Nosso país é o maior produtor do caulim, um dos insumos principais do couche. Os demais insumos também são facilmente encontrados por aqui. Daí, se me falarem que temos o melhor couche do mundo, dá até para acreditar, pois somos detentores tanto de tecnologia como dos insumos.